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De Frente Com Gloss: Claudia Leitte! confira a entrevista exclusiva.


Ela foi a primeira celebridade que conheci já como Hugo Gloss. Me deu um sorrisão grande e um abraço e ali ela me ganhou pra sempre! Digam o que quiser, mas Claudia Leitte é sim uma das maiores artistas do Brasil. Isso não sou eu dizendo, é um fato. A preferida dos haters, e a mais amada dos Bolhas, é o que é e pronto. Ela tem nadado contra a corrente e isso, claro, causa estranheza. Quem é essa que não tá fazendo o que todo mundo faz? É Claudia Leitte, a carioca com coração baiano e alma mundial. Carreira Internacional? Ela precisa? Não. Mas quer e vai atrás. Pra quem não gosta, fica, no mínimo, a lição de que temos que ir atrás do que a gente deseja.

Amada ou Odiada, Claudia está construindo sua carreira bem longe da bolha de sabão que ela canta, é tudo planejado, estudado nos mínimos detalhes. Aí as pessoas dizem “forçada”, e eu digo “metódica”. E ser metódica não é um defeito, é qualidade de quem pensa grande. Nessa entrevista, que levou muito tempo pra sair, Claudia falou mais que o homem da cobra, abriu o coração e finalmente colocou as cartas na mesa. As cartas não, the cards, porque agora o babado não é mais novo, é internacional. Falamos de Jay Z, Tidal, RocNation, Salvador, Beyoncé, Rihanna, Carnaval e mais um pouco. Aliás, ela quem batizou essa parte do site. Há uns anos estávamos na van da sua equipe e eu comecei a brincar com uma bailarina, fazendo várias perguntas sobre o boy que ela estava. Claudia disse que era o #DeFrenteComGloss e assim ficou!! Então nada mais justo que ficar frente a fente com ela! Olha a entrevista delaaa:

HG – Claudia, na última sexta-feira (11), você anunciou o lançamento de “Corazón” seu primeiro single, em parceria com a RocNation, de Jay Z. Qual sua expectativa e o que você pode adiantar sobre a canção?

CL – Essa música é um dueto com Daddy Yankee. Nós fizemos uma mistura de ritmos, tem arrocha, Hip Hop, cavaquinho… Ela é toda em espanhol e bem sensual. Nós vamos apresentá-la juntos pela primeira vez, nesta quinta-feira no “The Voice Brasil” e logo em seguida, a faixa já estará no Tidal e no iTunes.

HG – Meu Deus!!! Ryqueza!!! O clipe será gravado esta semana no Rio de Janeiro, né? O Daddy Yankee vai participar das filmagens?

CL – Vai participar sim… Daddy já está no Brasil e vamos gravar essa semana!

HG – Esse single será lançado oficialmente pelo Tidal… Creio que a RocNation vá gerir sua carreira tanto, internacionalmente, como aqui no Brasil, certo? Como vai funcionar?

CL – Eu tenho meu escritório aqui, no Brasil. Que funciona, graças a Deus, muito bem. Mas a Rocnation é responsável por gerir a minha carreira também aqui dentro. Então hoje é uma parceria entre a Pedaço do Céu, que é a minha empresa, com a Rocnation, dentro do Brasil e fora do Brasil também. Eu tenho um contrato com o Tidal, que é distribuidor oficial do meu disco. Vou lançar meus singles, meus álbuns, todos em parcerias com o Tidal e com a Rocnation. Assim será aqui e fora do Brasil.

HG – E como se deu sua aproximação com a RocNation?

CL – É uma história linda. Jay Brown, que é sócio de Jay-Z e de Tata, eles me viram cantar e me convidaram pra fazer parte do casting da Rocnation, pra representar o Brasil na Rocnation. É uma história muito bonita. Mas embora eu tenha sonhos, eu nunca imaginei que fosse chegar tão longe assim. Sentar de frente para eles e ouvir opiniões diárias. É algo que sempre me faz crescer e tenho conhecido gente por meio desta parceria que tem me trazido coisas que vão ficar eternamente em meu coração. Foi muito natural, espontânea e tem me feito muito feliz.

HG – Eu sei que você tem sido muito cuidadosa e tranquila em relação à produção do próximo trabalho, mas todo mundo quer saber… quando sai esse disco internacional?

CL – Meu disco será lançado em 2016. Não sei em que altura. Essa parceria com a Rocnation tem me aberto muitas portas. E eu tenho aproveitado cada momento intensamente com cada um desses produtores, músicos com os quais eu tenho trabalhado. Quero aproveitar esse momento que estou vivendo e crescer dentro dele. Eu tenho uma liberdade muito grande e esse álbum só virá ao mercado quando estiver finalizado. Quero fazer um disco lindo! Música é liberdade e agora eu tenho muita e estou amando trabalhar desta forma. Só posso dizer que está ficando lindo!

HG – Já li noticias de que além da RiRi você conheceu a minha diva Beyoncé. Pelo amor de Deus, me conta!! Você esteve com ela? Como foi? Ela é cheirosa? Foi simpática?

CL – Beyoncé é tão linda! Os conheci em São Francisco na turnê que fizeram juntos. Eles são muito simples. São gente muito grande, de muito talento. Mas com toda certeza têm esse prestígio todo porque não podem ser dissociados de sua simplicidade. É impressionante, estávamos no backstage, e teve um after party bem simples. E parecia que fazíamos parte de tudo aquilo. Ficamos à vontade. Falamos de música, de como foi o show, aquela celebração. Amo os dois e a equipe inteira era brilhante, uma emoção genuína. Até hoje quando lembro desse momento penso em como tudo é conectado. Tudo muito simples. Clarice Lispector, que é minha escritora favorita, dizia que “só se consegue a simplicidade à custa de muito trabalho”. E eu acho que era tudo muito simples e é por isso que era tudo tão rico e especial.

HG – E o Jay-Z?! Você já chama ele de boss? O que ele já ouviu seu? Você vai trazer eles e Blue Ivy pro Brasil? Quero ser a babá!!

CL – Um das coisas mais legais do mundo, Hugo, foi num call. Jay-Z, depois da Copa do Mundo, da minha apresentação na arena. Ele disse: “Essa é a nossa cantora brasileira, ela arrasou, foi incrível”. E eu fiquei maravilhada por ter recebido essa mensagem. Nunca me esquecerei. Eu o chamo de Jay-Z mesmo! Jay-Z é emoção pura, um artista fora de série. E devo dizer também que tenho uma paixão muito grande por Jay Brown, porque foi o cara que apostou em mim e sabe do negócio, sentir a música. Eu aprecio muito essa sensibilidade dele. Jay-Z é louco por ele, Beyoncé o ama, Rihanna é apaixonada por ele. E eu falo tudo com Jay, cada movimento meu. É o norte, o GPS e o coração da Rocnation.

HG – Gente, isso sim é poder! kkkkkkkk Outro lugar em que você também está arrasando é no “The Voice Brasil”, né? Esta é sua quarta temporada como técnica e estou vendo muita gente reclamando nas redes que o nível dos candidatos está mais baixo que nos anos anteriores. Concorda?

CL - O nível está altíssimo! É sensacional a qualidade de cada um. E nesta temporada ao vivo isso fica ainda mais evidente porque as pessoas vão para o palco já com certa experiência, com certa intimidade com o palco, e com a gente que está ali. A segurança que é oferecida para eles pelos músicos, pela equipe de produção, pela direção do programa também tem ficado mais clara. Eu acho que está tudo muito incrível e é muita coisa boa acontecendo!

HG – Porque você acha que é tão difícil pros vencedores de realities shows musicais brasileiros virarem sucesso de fato? Nenhum dos três ganhadores do “The Voice” estourou, por exemplo…

CL – Eu não acho que é difícil vencedores de reality shows se tornarem sucesso no Brasil, não. Sucesso é uma coisa muita relativa. A gente pensa às vezes que sucesso e fama são uma coisa só. Eu conheço muitos dos participantes do The Voice que têm uma agenda de shows lotadas, que escolheram um caminho que não é muito parecido com outros mais populares. Eles têm uma carreira de sucesso. E sucesso é você se sentir muito feliz com o seu trabalho, aproveitar as oportunidades e relações que você faz. Principalmente num programa como The Voice. Para aprender, para se realizar e sentir-se mais seguro e continuar na estrada. Reconhecimento é muito mais relacionado à sua própria realização e ao respeito que você tem com as pessoas e que elas têm com você. Responder as expectativas de alguém não é necessariamente ter sucesso. Sucesso, repito, é ser feliz em sua jornada e fazer o que você se dispôs a fazer com empenho, com força e com fé. Isso é sucesso.

HG – Muita gente diz que pra você virar a cadeira no programa basta cantar em inglês. Você acha que quem canta em inglês sofre preconceito por parte dos telespectadores?

CL – Acho que música não segrega. É como o esporte, ela une as pessoas. É evidente que a gente tem gostos pessoais e, portanto, tem uma tendência a se aproximar de pessoas que têm gosto similares. Mas isso não significa que a gente é melhor do que ninguém. Música não tem língua. É música! É para sentir a melodia. Não importa o idioma. Eu viro a cadeira quando a coisa me toca. Eu quero sentir a música me tocar.

HG – Bell saiu do Chiclete, o Asa deu um tempo… Você acha que a Axé Music está passando por tempos difíceis? Está complicado ser cantor de axé atualmente?

CL – Sou extremamente positiva sempre. Mas no caso da música baiana eu não preciso ser apenas positiva para olhar para ela. Eu vejo um gênero estabelecido, um estilo que abre portas para muitos outros estilos e que é responsável pelo grande sucesso que é o carnaval na Bahia. Não fosse a música baiana a gente não receberia tanta gente e artistas renomados como Quincy Jones. Não haveriam camarotes como o de Gilberto Gil junto com Flora. A gente não receberia DJs que são muitos famosos no mundo inteiro. Temos um carnaval com 2,5 milhões de pessoas nas ruas! É evidente que o que movimenta tudo isto é a nossa música, a alegria. O axé é a alegria do carnaval, a alegria da Bahia.

HG – A imprensa noticiou que só este ano você cancelou dois shows por falta de público, um em Jaú e o outro em Curitiba. Procede?

CL – Hugo, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é (risos). Há pessoas que escolhem contar mentiras como se fossem verdades. E há pessoas que acreditam nestas mentiras. É assim na vida de um artista…

HG – Eu acompanho suas redes sociais e várias vezes vejo comentários ofensivos. Parece que tem uma turma que vive só pra te xoxar! Você se sente perseguida? Qual o segredo pra lidar com isso e continuar linda?

CL – Quando você começa uma carreira você acha que todas as coisas que falam, independente de quais sejam os assuntos, são direcionados a você. Mas quando você amadurece, você descobre que aquilo faz parte da jornada e que todos passam por isso. Inclusive você! Você está se expondo e é óbvio que há muitas críticas positivas e negativas. É natural que isso aconteça na vida de todo mundo. O lance é você aprender a lidar com esse tipo de coisa… Faz parte da minha rotina e, com certeza, das pessoas comuns. No fundo, é tudo igual para todo mundo.

HG – Um assunto chato, mas que acho importante falarmos sobre… Quando estava grávida do Davi, ao ser perguntada se levaria numa boa se ele fosse gay, você declarou o seguinte: “tenho o maior respeito pelos homossexuais, mas quero que meu filho seja macho”. A partir daí, você passou a ser acusada de homofóbica… Se arrepende de ter falado isso?

CL – Bom, a gente acabou de falar de aprendizado, de experiência. Eu tinha 26 anos quando fiquei grávida e era uma menina. Eu acho que as meninas de hoje são muito mais evoluídas. Você não tem muita noção do que vai acontecer com o que vai dizer. Eu sou muito espontânea e era uma brincadeira. De lá para cá eu aprendi a me posicionar e sei que há assuntos que não podem ser tratados como brincadeira ainda que lhe induzam a brincar. Faz parte do aprendizado. Meu filho hoje está com seis anos e só me importo com a hombridade, com o caráter dele. Que Deus faça dele o que ele quiser e eu serei feliz com qualquer caminho que ele venha tomar.

HG – Sim, a gente amadurece… Lembro de você lá no início do “Babado Novo”, com guitarra rosa e sainha. Bem diferente do mulherão de hoje… O que mudou? O que a Claudia diva de agora diria para aquela Claudia mais menininha lá de trás?

CL – Bom, Hugo, o que aconteceu em minha vida acontece na vida de todo mundo. A gente amadurece, como você disse. A diferença é que eu cresci sendo vista por muitas pessoas. Eu deixei a minha guitarra rosa de lado e eu fui aos poucos me descobrindo como mulher. E assumindo isso de forma muito natural e espontânea. Sinto-me muito orgulhosa da história que construí, acho que todas as minhas experiências contribuíram para que eu aprendesse a agradecer todos os dias. Eu diria obrigada para a menina que eu fui.

HG – Deixando a modéstia de lado, você também está cada dia mais bonita, né… A Fabiola Reipert já disse que você faz uso de botox, mas acho que botox não faz milagre… Conta pra gente o segredo dessa pele!

CL – Hugo, eu não faço botox. Mas há oito anos eu vou numa dermatologista que é minha psicóloga e amiga (risos). A Karla Assed. Que me ajuda a retardar os efeitos de modos mais naturais que usando certos artifícios. Eu tenho minhas expressões do jeito que são. Não sou contra botox, plástica, nada. Mas eu trabalho com prevenção e eu tenho uma médica maravilhosa. E gosto muito da minha pele, mas minha dermatologista é meu segredo.

HG – Seus looks também estão cada dia mais babado. Demorou pra você encontrar seu estilo? O que você sugere pra quem quer se inspirar nas suas roupas mas não tem a verba pras labels?

CL – Acho incrível quando se pode misturar marcas mais baratas com grifes. Há coisas boas e baratas. É só uma questão de buscar referências que você gosta em vez de querer ser quem tá na capa da revista, buscar um norte, uma referência legal.

HG – Você já conquistou muita coisa e deve ter conseguido realizar todos seus sonhos de consumo de antigamente. Tem alguma coisa que você queria muito e ainda não comprou?

CL – Engraçado, nunca tive muito esses desejos materiais. Tudo o que eu sempre quis estava muito relacionado à minha carreira, construir palcos lindos. O meu maior desejo hoje não tem nada com consumismo. Tem relação com o tempo. Quero me dar ao luxo de passar mais tempo de pijama (risos). Tempo é sonho de consumo.

HG – Aproveitando essa entrevista, quando você tiver um tempinho e for encontrar a Beyoncé de novo promete que me leva? HAHAHAHAHA

CL – Prometo que levo se você se comportar bem direitinho! (gargalhadas)


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